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A Deus pertence os escudos da Terra!

Os príncipes dos povos se reúnem, o povo do Deus de Abraão, porque a Deus pertencem os escudos da terra; ele se exaltou gloriosamente. (Sl 47:9)

Muitos possuem a postura de, ao ler um texto bíblico, não tomá-lo ao pé da letra pois trata-se de uma linguagem metafórica ou porque não acreditam que o que está li escrito seja verdadeiro, isto é, são apenas palavras de conforto, como naqueles livros de auto-ajuda. Primeiro, existem sim partes na Bíblia que são metafóricas (como as parábolas de Jesus) ou são repletas de simbologia (no caso dos livros de Apocalipse e Daniel), mas grande parte da Bíblia é literal! Tratar a Bíblia como um livro de mero conforto com palavras bonitas a coloca num patamar muito aquém daquele que verdadeiramente lhe pertence. A Bíblia é um livro sim para nos ajudar, mas nunca será um livro de auto-ajuda, pois as palavras lá não encontram pode em nós, mas no alto, no dono de tais palavras.

A Bíblia é um livro fantástico! Os textos nela contidos são ricos em poder quando se tem fé em quem orientou os escritores. A leitura Bíblia não deve ser feita de qualquer jeito e, obviamente, precisa de uma orientação, a qual também vem do alto. Sem preparo, a leitura não constrói uma nova realidade dentro de nós.

Por exemplo, o texto bíblico citado a cima, retirado do livro de Salmos. O que seriam os escudos da Terra dos quais o autor do Salmo fala?Seriam metafóricos ou literais? Como professor de Física que sou, ao ler esse trecho logo me lembrei de um fato muito importante do qual falo nas minhas aula de eletromagnetismo: o campo magnético da Terra.

bussola_geadaSim, aquilo que faz a bússola apontar para o Norte da Terra, já ouviu falar? Talvez não, mas com certeza você já brincou com ele, e
eu te digo como: quando você brincou com ímãs! Com certeza você já pegou dois ímãs e viu que eles se aproximavam ou se afastavam um do outro sem que fosse necessário que existisse o contato entre eles. O que puxava ou empurrava o ímã é o que chamamos de campo magnético, e Terra possui um!

Esse campo é nosso escudo natural contra os chamados ventos solares (partículas emitidas pelo Sol que são prejudiciais a vida na Terra) e qualquer outro tipo de “poluição elétrica” que venha do espaço. Esse campo magnético é invisível aos nossos olhos, mas pode ser visto através de experimentos bem simples (clique aqui para ver) Sem esse campo, ou mesmo se ele enfraquecer, as consequências para a vida na Terra seriam terríveis. Por exemplo, com a incidência dessas partículas os sistemas elétrico iriam ser destruídos, e a transmissão de energia iria colapsar; em seguida, sem energia, o abastecimento de água iria acabar; logo após isso não teriamos como abastecer os caminhões que trasportam os alimentos, causando uma crise por falta de alimentos. E por aí vai.

campo magnético Terra

O nosso campo magnético é com certeza, para mim, um escudo da Terra, o qual Deus fez para manutenção da vida na Terra. Não se entende ainda muito bem como esse campo magnético é criado. Existem algumas hipóteses nas quais a ciência trabalha. Contudo, a certeza que tenho é que Deus está segurando esse escudo para nos proteger, demonstrando Seu interesse pela vida na Terra, e claro, Seu imenso amor por nós.

 

Escolhas, por Pr. Gilson Medeiros

“Conheça Edwin Thomas, o mestre do palco. Durante a 2ª metada do séc. XIX, este pequeno homem com voz forte possuía alguns rivais.
Estreando emRicardo III aos 15 anos, ele rapidamente estabeleceu-se como o primeiro ator Shakespeariano. Em Nova Iorque ele representou Hamlet durante 100 noites consecutivas. Em Londres, ganhou a aprovação da dura crítica britânica. Quando o assunto era tragédia no palco, Edwin Thomas fazia parte de um seleto grupo qualificado.

Quando a tragédia passou para a vida real, o mesmo também pôde ser dito.

Edwin tinha dois irmãos, John e Junius, ambos atores, embora não chegasse à sua altura. Em 1863, os três irmãos uniram seus talentos para representar Júlio César. O fato de seu irmão John ter representado o papel de Brutus seria um sinistro precursor do que aguardava os irmãos – e a nação – dois anos adiante.

O John que representou o assassino em Júlio César foi o mesmo que fez o papel de assassino no teatro Ford. Em uma fria noite de abril de 1865, ele entrou silenciosamente pela parte de trás em um camarote e atirou contra a cabeça de Abraham Lincoln. Sim, o sobrenome dos irmãos era Booth – Edwin Thomas Booth e John Wilkes Booth.

Edwin nunca mais foi o mesmo após aquela noite. A vergonha pelo crime de seu irmão fez com que ele se aposentasse. Ele nunca teria voltado ao palco, não fosse por um fato inusitado ocorrido em uma estação de trem em Nova Jersey. Edwin aguardava seu vagão quando um jovem bem vestido, imprensado pela multidão, desequilibrou-se e caiu entre a plataforma e o trem em movimento. Sem hesitar, Edwin colocou seu pé no trilho, agarrou o homem, e o puxou a salvo. Após os sinais de alívio, o jovem reconheceu o famoso Edwin Booth.

Edwin, no entanto, não reconheceu a pessoa a quem havia resgatado. Tal reconhecimento só veio a acontecer algumas semanas mais tarde através de uma carta, que ele carregou em seu bolso até o dia de sua morte. Uma carta do general Adams Budeau, secretário-chefe do general Ulisses S. Grant. Uma carta de agradecimento a Edwin Booth por ter salvo a vida do filho de um herói americano, Abraham Lincoln.

Que ironia! Enquanto um irmão assassinava o presidente, o outro salvava a vida do filho do presidente. O nome do rapaz que Edwin Booth salvou? Robert Todd Lincoln.

Edwin e John Booth. Mesmo pai, mãe, profissão e paixão – mesmo assim, um escolhe a vida e o outro, a morte. Como pode ser? Embora seja uma história dramática, não é única”.

Caim e Abel
Abrahão e Ló
Davi e Saul
Pedro e Judas
Porta larga e porta estreita
Caminho espaçoso e caminho largo
Construir sobre a rocha ou sobre a areia
Servir a Deus ou às riquezas
Somar com os bodes ou com as ovelhas

Que escolhas você tem feito?
Com a ajuda de Deus, seguindo Seus conselhos e direção, busque sempre tomar as melhores escolhas.

“… te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência” – Deut. 30:19

 

O mitológico julgamento de Galileu Galilei

galileu-anh-braga-05Assim como Jeffrey Burton Russel, em seu livro Inventando a Terra Plana, mostra documentalmente o caráter mítico da ideia de que o “modelo” da Terra plana tenha sido uma invenção de religiosos medievais de mente estreita (confira aqui), em seu artigo “The Galileo Affair” (2005), Paul Newall destrói outro mito histórico passado de geração em geração: o de que a Igreja teria condenado Galileu Galilei por ter ele apresentado uma ideia que teria ido contra as Escrituras. Nos dois casos, os mentirosos são os mesmos e a intenção idem: passar a ideia de que os embates foram da ciência contra a religião. Nada mais falso. A verdade é que Galileu foi condenado pela Igreja, sim, mas com o aval de boa parte dos cientistas da época, que adotavam a visão aristotélica segundo a qual a Terra era o centro do Universo. Portanto, se houve algum embate, foi entre Galileu e Aristóteles e não entre Galileu e a Bíblia (que nada diz a respeito dessa questão). Hoje, os pensadores materialistas, ateus, agnósticos, céticos et al, por meio das escolas e da mídia, continuam alimentando o mito. Por quê? Porque lhes interessa manter a dicotomia ciência versus religião, como se a primeira fosse sinônimo de racionalidade e a segunda, de irracionalidade. Com isso, teorias materialistas como o evolucionismo acabam “blindadas” de discussões, já que, na opinião dos mitômanos, religião e ciência não se misturam.
A comunidade científica aristotélica do tempo de Galileu, com “dor de cotovelo”, entregou o italiano à fogueira – mas ele foi “somente” condenado à prisão domiciliar porque contava com o respeito do papa, seu amigo.“O que é erroneamente utilizado pelos cientistas e pela grande mídia como exemplo da ‘razão’ sobrepujando a ‘irracionalidade’ é, na verdade, o inverso: mostra a irracionalidade dos que defendem um paradigma, apesar das evidências contrárias. Isso não lembra a postura da atual comunidade científica em relação a algum paradigma?”, escreveu o mestre em História da Ciência Enézio E. de Almeida Filho.
Em 1992, três séculos após sua morte, Galileu foi “perdoado” pelo papa João Paulo II. Mas os defensores do mito em torno do cientista italiano, esses ainda precisam se arrepender da mentira que vêm contando. Na verdade, quem deveria perdoar a Igreja e os cientistas aristotélicos – se pudesse fazê-lo – é Galileu, pela injustiça de que foi alvo.
Michelson Borges do blog Criacionismo

Vício em Açúcar existe sim, e você pode ser uma vítima!

Porque a maior parte das pessoas gosta tanto de açúcar ? As explicações são múltiplas: o sabor é agradável, carboidratos em geral estimulam a liberação de serotonina, hormônio associado ao bem estar, e de endorfinas, substâncias relaxantes. Estudos neurológicos, como o de Avena, Rada e Hoebel (2008) mostram modificações na expressão de genes e na produção de neurotransmissores como a dopamina, após o consumo de açúcar. Porém, o prazer gerado por estas substâncias some rápido, o que gera a vontade de consumir mais açúcar ou mais carboidratos (lembre: alimentos como pão, pizza, macarrão, bolos, bolachas serão digeridos e transformados em glicose, com o mesmo efeito sobre o cérebro) afim de manter as sensações de bem estar.

Além disso, a chegada de glicose à corrente sanguínea estimula a produção de insulina pelo pâncreas. Este hormônio é o responsável pela entrada de glicose nas células. Estas poderão utilizar este nutriente para gerar energia (ATP). Contudo, se a própria célula não estiver precisando de energia a glicose será armazenada na forma de gordura. Carboidratos não são ruins porém, o consumo dos ocidentais é exagerado o que leva também a uma produção exagerada de insulina. Carboidratos e insulina em excesso acabam prejudicando o funcionamento do próprio pâncreas, das membranas e receptores das células, aumentando o risco de intolerância à glicose e diabetes. Outros problemas como obesidade, hipertensão, gota, dislipidemias, esteatose hepática, disfunção mitocondrial e doenças cardiovasculares também tem sido associados a um alto consumo de açúcar.

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O gosto por açúcar está associado à nossa capacidade de sobrevivência mas também é um comportamento aprendido. Quantas crianças não são recompensadas por serem “boazinhas” com balas, chocolates, sorvete, refrigerantes, biscoitos recheados e idas ao McDonald’s? A guloseima que deveria estar presente apenas em dias especiais acaba virando a rotina em casa, nas escolas, no trabalho, nos passeios…

Para conseguir manter um peso saudável, acabar com a compulsão e reduzir o risco de doenças os carboidratos simples precisam ser evitados. Substitua alimentos com alto índice glicêmico por opções com baixo índice e carga glicêmicas.

No café da manhã substitua seu pão branco por frutas de baixo índice glicêmico (melão, morango, kiwi, ameixa, tangerina, abacate, maçã, amoras) com aveia ou quinua em flocos. Evite sucos artificiais, sucos em embalagens tetra pak ou sucos naturais concentrados. O suco ideal para o café da manhã é o suco verde (ex: limão com couve).

No lanche da manhã troque a barrinha de cereal por castanhas.

No almoço abuse dos vegetais folhosos e outros vegetais com baixo índice glicêmico, como tomate, beringela, abobrinha, pimentão, cebola, chuchu… Substitua o arroz branco pela variedade integral ou por batata doce. Leguminosas (feijão, lentilha, grão de bico, soja) são boas opções de fibras, proteínas e ferro. Opte por carnes magras, com menor teor de gordura saturada. Abuse das ervas e temperos naturais.

No lanche da tarde consuma frutas de baixo índice glicêmico, nozes, castanhas, queijos ou iogurte sem açúcar.

À noite, repita o almoço, faça uma sopa de legumes ou um omelete acompanhado de queijo e salada.

Em uma ou duas semanas, sua compulsão por carboidratos terá diminuído sensivelmente.

E aqueles seus outros alimentos favoritos? Onde fica a banana, o mamão, a manga, o suco de laranja, o suco de uva integral…? Sempre antes da atividade física!

Outras dicas para redução da compulsão por doces e outros carboidratos:

– Não passe muito tempo sem se alimentar;

– Não passe fome. Repita os alimentos sugeridos, se for necessário. Procure também na internet listas de alimentos de baixo índice glicêmico;

– Mantenha-se hidratado pois a desidratação aumenta a vontade de ingestão de alimentos;

– Durma bem. O cansaço aumenta a produção de cortisol, hormônio associado à compulsão e ao estoque de gordura;

– Não tenha guloseimas em casa;

– Leia o rótulo dos alimentos industrializados. Evite aqueles cuja lista de ingredientes seja recheada com alimentos açucarados. Estes podem vir discriminados como: açúcar, xarope de milho, frutose, dextrose, sacarose, melaço, mel, maltodextrina…

– Deficiências de nutrientes também levam à desequilíbrios hormonais e compulsão. Converse com seu nutricionista sobre a necessidade de suplementação de vitamina D, cromo, vitamina B3, magnésio e ômega-3;

– Faça exercício. A prática de atividade física leva a um aumento na produção de endorfinas, combatendo a ansiedade;

– Observe-se. Você está comendo por fome ou por hábito?

Texto Retirado de Dicas da Nutricionista

Eh… Hum…, Por que sim?

Na seção de cartas da revista Superinteressante deste mês foi publicada a opinião do leitor Walmir: “Sou assinante e gostaria muito de manifestar minha insatisfação com a posição desta revista em defender a ideia (sem nenhuma prova) de que o homem tenha vindo do macaco. Na seção Ideia Visual (agosto), o texto diz que ‘um chimpanzé macho, nosso parente mais próximo, não olharia duas vezes para a mulher’. Acredito que uma revista tão conceituada não deve manifestar sua posição pessoal sobre um fato não comprovado.”
E a revista respondeu: “Walmir, nós nunca dissemos que o homem ‘veio’ do macaco, mas que o chimpanzé é o seu parente mais próximo – somos descendentes de um ancestral comum, como fica claro pela teoria da evolução, que é um modelo científico sólido. Agora, se a sua religião não permite que você acredite na teoria da evolução, não tem problema algum, temos pleno respeito por todas as religiões. Achamos que a Bíblia é um documento histórico belíssimo, mas, na hora de falar de ciência, ficamos mesmo com A Origem das Espécies.”
Preciso dissecar a resposta, já que eles conseguem espalhar tantas “pérolas” em tão poucas linhas:
1. Super repete a máxima evolucionista: “O homem não veio do macaco.” Tá, isso a gente já sabe. Mas se o ser humano e os chimpanzés são primos e vieram de um suposto ancestral comum, duvido que ele tenha sido (se tivesse existido) um tipo de galinha. Teria que ser um tipo de… macaco. E até hoje há debates sobre qual teria sido esse suposto ancestral comum. É leviandade afirmar que isso é um “fato estabelecido”, mesmo que se apele para os alegados 90 e tantos por cento de semelhança genética entre chimpanzés e humanos, o que também é discutível (confira). Alias, já apontaram semelhanças genéticas entre humanos eanêmonas! E até porcos.
2. Super não respeita o leitor e afirma que o chimpanzé é parente dele, ignorando sua opinião.
3. Como assim “a teoria da evolução é um modelo científico sólido”? Qual teoria da evolução? A macroevolução ou a microdiversificação? Diversificação étnica humana e variações entre cães e tentilhões, por exemplo, são fato e permanecem na categoria da diversificação de baixo nível (ou “microevolução”). Humanos e macacos provindo de hipotéticos ancestrais comuns (ou mesmo toda a biodiversidade atual tendo origem num ser unicelular desconhecido que teria vivido bilhões de anos atrás), isso é mera especulação hipotética oriunda da mentalidade naturalista, ou seja, é filosofia sem amparo científico (empírico). Quem está por dentro das discussões intramuros sabe que a teoria da evolução não se trata de um “modelo científico sólido”. Darwinistas honestos têm reconhecido isso. Mas o pessoal da Super parece fanático demais por Darwin para admitir isso.
4. “Se a sua religião não permite que você acredite na teoria da evolução…” Espere aí! O leitor não menciona em momento algum (pelo menos não no texto publicado) qualquer tipo de religião. Aqui, também, o pessoal da Super (ou, pelo menos, o editor de cartas e e-mails) cai no lugar comum da controvérsia ciência x religião. Essa é uma tática antiga para blindar o evolucionismo de discussões realmente científicas. Note que a revista muda rapidinho de assunto. Sai da ciência para a religião e tenta, assim, encerrar a questão. Esse é um típico argumento evolucionista de “roda de bar”, mas não deveria ser usado por uma revista que se propõe séria e científica.
5. Eles dizem ter respeito por todas as religiões, exceto (isso fica nas entrelinhas) por aquelas que insistem em defender o criacionismo e que veem a Bíblia como mais do que simplesmente um “documento histórico”.
6. “Achamos que a Bíblia é um documento histórico belíssimo, mas, na hora de falar de ciência, ficamos mesmo com A Origem das Espécies.” Quem falou em Bíblia? O Walmir não menciona (no texto publicado) qualquer livro religioso. Mesmo assim, a resposta é reveladora. A “Bíblia” deles é o livro de Darwin, e eles não negam isso! Quem disse que A Origem das Espécies fala de ciência? Até porque, como diz o químico Marcos Eberlin, o maior instrumento de pesquisa no tempo de Darwin era a cadeira de balanço. Quem disse que as informações do naturalista/teólogo (sim, Darwin estudou teologia) do século 19 estão todas de acordo com a ciência experimental? Quem disse que as ideias macroevolutivas de Darwin resistem ao laboratório e às observações possibilitadas pelos modernos recursos do nosso tempo? Se resistissem, não haveria rumores de uma nova teoria da evolução não selecionista sendo gestada… (confira aquiaquiaqui e aqui). Apesar do título, Darwin não entregou o que se propôs explicar – a origem das espécies. Um título melhor para o livro seria Origem das Variações, assunto que Darwin muito abordou, mas nem isso conseguiu explicar. Que ciência Darwin praticou nesse livro?
Depois de ler essa resposta tão SUPERficial, carregada de imprecisões, pregação e preconceito, reafirmei para mim mesmo o motivo pelo qual deixei de ser assinante da Superhá muito tempo.
Detalhe: a matéria de capa deste mês é sobre Ovnis. Nisso eles também parecem acreditar…

Texto de Michelson Borges, publicado em Criacionismo 

O Célebre edito de Constantino

NINGUÉM nega que no dia 7 de março de 321, o imperador Constantino promulgou uma lei que assim reza:

“Que todos os  juízes, e todos os habitantes da Cidade, e todos os mercadores e artífices descansem no venerável dia do Sol. Não obstante, atendam os lavradores com plena liberdade ao cultivo dos campos; visto acontecer a miúdo que nenhum outro dia é tão adequa4o à semeadura do grão ou ao plantio da vinha; daí o não se dever deixar passar o tempo favorável concedido pelo céu.” – Codex Justinianus, lib. 13, it. 12, par. 2 (3).

Este acontecimento influiu decisivamente para transformar o “festival da ressurreição” num autêntico “dia de guarda” no império romano.

Os nossos oponentes, visando fazer confusão, procuram dar sentido tendencioso ao histórico decreto, ao mesmo tempo que propalam ser ensino nosso que a instituição dominical fora criara pelo imperador. Nada mais falso. Equivocam-se grandemente os que afirmam ser ensino adventista que o domingo foi instituído por Constantino e por um determinado papa. Jamais ensinamos que Constantino fosse o autor do domingo, mas sim que, na esfera civil, deu o passo para que se tornasse dia de guarda, promulgando a primeira lei neste sentido, coroando assim a gradual implantação do domingo na igreja e no mundo.

Contudo, dizer que muito antes de Constantino nascer já os cristãos GUARDAVAM o domingo é afirmação temerária, destituída de veracidade histórica. Os testemunhos que o oponente alinhou nada provam em favor da OBSERVÂNCIA já estabelecida do primeiro dia da semana como dia de culto cristão. Não merecem inteira fé, por serem duvidosos, falíveis e incongruentes. Não invoca SEQUER UM testemunho bíblico ou histórico exato, incontraditável, irrecorrível. Não pode fazê-lo. O máximo que se poderia afirmar é que, antes de Constantino, boa parte dos cristãos, já em plena fermentação da apostasia gradual, reuniam-se de manhã no primeira dia da semana, para o “festival da ressurreição,” e depois voltavam aos misteres costumeiros. Nada de guarda, observância ou santificação do dia. Isso ninguém jamais provará.

O nosso acusador cita o edito dominical de Constantino. Cita-o para dar-lhe uma interpretação distorcida, às avessas. Segundo ele o edito destinava-se a favorecer os cristãos. Não se dirigia aos pagãos. concordamos que o imperador tinha em mira agradar aos cristãos de seus dias, porém para conciliá-los com a observância do dia do Sol, que os pagãos observavam. Mero jogo político.

 Confusões e Contradições

Afirma o acusador: “Era um edito para favorecer particularmente os cristãos…”

Vamos analisar esta afirmativa. Notemos o seguinte: se a observância dominical, pelos cristãos, já era fato líqüido e certo, não careciam eles de leis seculares para os favorecer. E prossegue: “[o edito] não foi feito para agradar os pagãos.” Não foi mesmo porquanto os pagãos vão precisavam de leis que lhes ordenassem guardar o “dia do Sol”, considerando que o mitraísmo era religião dominante no Império, sendo o próprio Constantino mitraísta. Diz a História que ele era adorador do Sol que se “converteu” ao cristianismo. Isso lança luz nas verdadeiras intenções do edito.

Mas agora surge a confissão interessante: Diz o autor do O Sabatismo à Luz da Palavra de Deus: “O edito era dirigido aos pagãos e por isso empregou-se a expressão dia do Sol em vez de dia do Senhor…” (Digamos, entre parênteses, que há aqui um equívoco, pois o edito era dirigido a todos, moradores das cidades e dos campos indiscriminadamente. Os pagãos, sem dúvida, constituíam a imensa maioria.)

Voltaríamos a insistir: Por que empregou Constantino a expressão “dia do Sol”? A resposta será dada pela acusador. Diz ele: “Está provado, por homens abalizados, que esses [os pagãos] jamais guardaram esse dia [o primeiro dia da semana].” Isto até provoca riso. O oponente diz candidamente que os pagãos jamais em tempo algum observaram o primeiro dia da semana.

Prestaram os leitores atenção? Pois bem. Leiam agora estoutra declaração na mesma página e no mesmo parágrafo, a respeito do edito de Constantino: Era dirigido aos pagãos” por isso Constantino “usou a expressão DIA DO SOL para que pudessem [eles, os pagãos] compreendê-lo bem.” Ai está a confissão. E insistimos com o autor: Por que os pagãos compreenderiam bem a expressão “dia do Sol” em vez de “dia do Senhor”? Por quê? Insistimos, por quê? A resposta é uma só: PORQUE GUARDAVAM O DIA DO SOL. Era o dia de guarda do mitraísmo, religião professada pelo próprio Constantino. Por essa contradição se pode ver a insegurança do acusador.

Mais adiante cita e endossa outra famoso apóstata adventista, o briguento A. T. Jones, quando este assevera que a primeira lei feita sobre o domingo, foi feita a pedido da igreja.” E cremos que o foi realmente, mas a pedido… de qual igreja? A pedido da igreja semiapostatada, igreja que já levava no bojo inovações do paganismo, igreja conluiada com o Estado, igreja já desfigurada, que então usava velas, altares, praticava o monasticismo, borrifava água benta, impunha penitência, o sinal da cruz, e até ordens sacerdotais. Esta a igreja que solicitou o edito de Constantino. Esta a igreja que algumas décadas a seguir, num concílio, decretou a abstenção do trabalho no domingo e quis impedir a observância do sábado, no concílio de Laodicéia. Se o oponente aceita essa igreja como expressão do verdadeiro cristianismo, contente-se. É um direito seu. Nós não aceitamos. Não nos conformamos com ele, e continuamos a insistir na tese da origem pagã da observância dominical. Temos a História a nosso favor. Temos os fatos que depõem em abono de nossa mensagem. A verdade não precisa de notas forçadas para sobreviver. Impõe-se por si.

E agora, a nuvem de testemunhas. O nosso ponto de vista vai ser confirmado exuberantemente, por depoimentos da mais alta idoneidade. Vejamos o que dizem os eruditos, os enciclopedistas, os historiadores: Ei-las:

“O mais antigo reconhecimento da observância do domingo, como um dever legal, é uma constituição de Constantino em 321 A.D., decretando que todos os tribunais de justiça, habitantes das cidades e oficinas deviam repousar no domingo (venerabili die Solis), com uma exceção em favor dos que se ocupavam do trabalho agrícola.” –Enciclopédia Britânica, art. “Sunday”.

Note-se a expressão “mais antigo reconhecimento”, que prova não ser então liqüida e certa a observância dominical. Antes disso não o era certamente.

“Constantino, o Grande, baixou uma lei para todo o império (321 A. D.) para que o domingo fosse guardado como dia de repouso em todas as cidades e vilas; mas permitia que o povo do campo seguisse seu trabalho.” – Enciclopédia Americana, art. “Sabbath”.

Esse primeiro dia era o “dia solar” dos pagãos, que já o guardavam. Pelo decreto, o dia devia ser por todos (inclusive os cristãos) “guardado como dia de repouso” em todas as cidades e vilas. Muito claro.

“Inquestionavelmente, a primeira lei, tanto eclesiástica como civil, pela qual a observância sabática daquele dia se sabe ter sido ordenada, é o edite de Constantino em 321 A.D.” – Chamber, Enciclopédia, art. “Sabbath”.

Notemos que Chamber diz ser a lei também eclesiástica. Por quê? Devido à fusão com o cristianismo, à influência religiosa, e à habilidade de estadista que quer agradar a gregos e troianos. Dessa forma o incipiente “festival da ressurreição” das manhãs do primeiro dia da semana se fundiria com o dia solar pagão do mitraísmo, e não haveria descontentes. Constantino atingia seus objetivos.

A influência da igreja semiapostatada na elaboração do decreto é evidente. Eusébio, contemporâneo, amigo e apologista de Constantino escreveu: “Todas as coisas que era dever fazer no sábado, estas NÓS as transferimos para o dia da Senhor.” – Eusébio, Commentary on the Psalms.

Essa expressão “nós transferimos…” é sintomática, e prova que esse dia de guarda é invenção humana, puramente humana, de procedência pagã, de um paganismo já amalgamado com o cristianismo desfigurado da época.

“Os cristãos trocaram o sábado pelo domingo. Constantino, em 321, determinou a observância rigorosa do descanso dominical, exceto para os trabalhos agrícolas… Em 425 proibiram-se as representações teatrais [nesse dia] e no século VIII aplicaram-se ao domingo todas as proibições do sábado judaico.” – Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, art. “Domingo”.

O grande e abalizado historiador cardeal Gibbon, com sua incontestada autoridade assevera o seguinte: “O Sol era festejado universalmente como o invencível guia e protetor de Constantino….

“Constantino averbou de Dies Solis (dia do Sol) o ‘dia do Senhor’ – um nome que não podia ofender os ouvidos de seus súditos pagãos.” – The History of the Decline and Fall of the Roman Empire, cap. 20 §§ 2°., 3°. (Vol. II, págs. 429 e 430).

Ainda sobre o significado do célebre edito diz-nos o insuspeito pastor Ellicott:

“Para se entender plenamente as provisões deste edito, deve-se tomar em consideração a atitude peculiar de Constantino. Ele não se achava livre de todo o vestígio da superstição pagã. É fora de dúvida que, antes de sua conversão, se havia devotado especialmente ao culto de Apolo, o deus-Sol. … O problema que surgiu diante dele era legislar em favor da nova fé, de tal modo a não parecer totalmente incoerente com suas práticas antigas, e não entrar em conflito com o preconceito de seus súditos pagãos. Estes fatos explicam as particularidades deste decreto. Ele denomina o dia santo, não de dia do Senhor, mas de “dia do Sol’ – a designação pagã, e assim já o identifica com seu antigo culto a Apolo.” – Pastor George Ellicott, The Abiding Sabbath, pág. 1884.

Se isto não bastar, temos ainda o insuspeito Dr. Talbot. Só citamos autores não adventistas. Ei-lo:

“O imperador Constantino, antes de sua conversão, reverenciava todos os deuses (pagãos) como tendo poderes misteriosos, especialmente Apolo, o deus do Sol, ao qual, no ano 308, ele [Constantino] conferiu dádivas riquíssimas; e quando se tornou monoteísta o deus ao qual adorava era – segundo nos informa UHLHORN – antes o “Sol INCONQUISTÁVEL” e não o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. E na verdade quando ele impôs a observância do dia do Senhor (domingo) não o fez sob o nome de sabbatum  ou Dies Domini, mas sob o título antigo, astrológico e pagão de Dies Solis, DE MODO QUE A LEI ERA APLICÁVEL TANTO AOS ADORADORES DE APOLO E MITRA COMO AOS CRISTÃOS.” (Versais nossos.) – Dr. Talbot W. Chamber, Old Testament Student, janeiro de 1886.

Isto é confirmado por Stanley, que diz:

“A conservação do antigo nome pagão de “Dies Solis” ou “Sunday” (dia do Sol) para a festa semanal cristã é, em grande parte, devido à união dos sentimentos pagão e cristão, pelo qual foi o primeiro dia da semana imposto por Constantino aos seus súditos – tanto pagãos como cristãos – como o “venerável dia do Sol”… Foi com esta maneira habilidosa que conseguia harmonizar as religiões discordantes do império, unindo-as sob uma instituição comum.” Deão Stanley, Lectures on the History on thc Eastern Church, conferência n°. 6, pág. 184.

Comentando a chamada “conversão” de Constantino, escreve o erudito bispo Arthur Cleveland Coxe:

“Foi uma conversão política, e como tal foi aceita, e Constantino foi um pagão até quase ao morrer. E quanto ao seu arrependimento final, abstenho-me de julgar.” – Elucidation 2, of “Tertullian Against Marcion”, book 4.

Comentando as cerimônias pagãs relacionadas com a dedicação de Constantinopla (cidade de Constantino) diz a autorizado MILMAN:

“Numa parte da cidade se colocou a estátua de PITIAN, noutra a divindade SMINTIA. Em outra parte, na trípode de Delfos, as três serpentes representando PITON. E sobre um alto triângulo, o famoso pilar de pórfiro, uma imagem na qual Constantino teve o a atrevimento de misturar os atributos do Sol, com os de Cristo e de Si mesmo … Seria o paganismo aproximando-se do cristianismo, ou o cristianismo degenerando-se em paganismo?” – History of Christianity, book 3, chap. 3.

Outro testemunha interessante é o de Eusébio:

“Ele [Constantino] impôs a todos os súditos do império romano a observância do dia do Senhor COMO UM DIA DE REPOUSO, e também para que fosse honrado o dia que se segue ao sábado.” – Life of Constantine, Book 4, chap. 18. (Versais nossos.)

Uma fonte evangélica:

“Quando os antigos pais da igreja falam do dia do Senhor, às vezes, talvez por comparação, eles o ligam ao sábado; porém jamais encontramos, anterior à conversão de Constantino, uma citação proibitória de qualquer trabalho ou ocupação no mencionado dia, e se houve alguma, em grande medida se tratava de coisas sem importância… Depois de Constantino as coisas modificaram-se repentinamente. Entre os cristãos, o “dia do Senhor” – o primeiro da semana – gradualmente tomou o lugar do sábado judaico.” – Smith’s Dictionary of the Bible, pág. 593.

Lemos na North British Review, Vol. 18, pág. 409, a seguinte declaração:

“O dia era o mesmo de seus vizinhos pagãos e compatriotas; e o patriotismo de boa vontade uniu-se à conveniência de fazer desse dia, de uma vez, o dia do Senhor deles e seu dia de repouso… Se a autoridade da igreja deve ser passada por alto pelos protestantes, não vem ao caso; parque a oportunidade e a conveniência de ambos os lados constituem seguramente um argumento bastante forte para uma mudança cerimonial, como do simples dia da semana para observância do repouso e santa convocação do sábado judaico.”

Um livro idôneo é Mysteries of Mithra, de Cumont. Nas páginas 167, 168 e 191 há valiosas informações corroboradas pelas História e pela Arqueologia a respeito do mitraísmo. Poderíamos acrescentar dezenas de outros depoimentos, porém o espaço não o permite. Os citados, no entanto, provam à saciedade a tremenda influência do edito de Constantino em implantar definitivamente a guarda do primeiro dia da semana.

Extraído do Livro Sutilezas do Erro.